domingo, 8 de maio de 2011

E.U.A comemora a morte de seu "produto".


Morreu nessa segunda- feira, dia 02 de maio, aos seus 49 anos o mártir da rede revolucionária Al-Qaeda.
Sob um total ar de mistérios e dúvidas o mundo inteiro ficou sabendo pelas bocas do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que o maior inimigo deles foi morto por uma operação em Abbotabad, Paquistão.
Após noticia, era possível ver nas ruas norte-americanas uma carnavalização do fato ocorrido. “Milhares de jovens”, como descreveram as mídias, foram as ruas comemorar a morte do que pra eles era seu maior medo, o terror em pessoa. Uma pergunta a ser feita é por que só se viam jovens nas ruas e não, também, adultos e idosos? Talvez essa maneira de “carnavalizar” os fatos seja característica dos tempos modernos, da cultura teen, mas afirmando isso entraríamos em contradições sociológicas muito amplas, não cabíveis nesse debate. O que pretendo tratar aqui é sobre o passado da relação E.U.A, U.R.S.S e Afeganistão, dum período da Guerra Fria.
Foi na Guerra Fria, quando o comunismo ainda estava em voga, com as pretensões da antiga U.R.S.S de invadir o Afeganistão que os E.U.A entra em cena naquele território. Como assim entra em cena? Nada mais nada menos do que financiando economicamente e militarmente as tropas do Afeganistão contra a invasão. É nesse período que se “criam” os mais temidos “terroristas” mundiais, com poderosos e temíveis treinamentos oferecidos pela inteligência norte- americana (C.I.A). Dentro dessa lógica podemos pensar que a própria inteligência norte- americana financia a morte de 3.000 civis do “11 de setembro”.
Interessante se pensar no papel que a hegemonia cultural e econômica norte- americana detém sobre os fatos: enquanto que dois aviões jogados contra duas torres gêmeas matam 3.000 pessoas nos E.U.A, no Oriente Médio, centenas de caças e o próprio exército norte- americano já mataram dezenas e mais dezenas de milhares de civis inocentes nessa “guerra ao terror”. Se nossos juízos de valores fossem construídos por números apenas, defenderíamos a “Jihad”, mas como eles (Arábes Muçulmanos) são tidos como primitivos e não civilizados por muitos de nós Ocidentais, suas mortes não significam muita coisa, ou pelo contrário, significam JUSTIÇA. Estupidez!
O que me intriga mais é saber se os E.U.A não tem problemas internos como desigualdades sociais, acesso a saúde, educação, preconceitos raciais, violência, etc., que não superam a necessidades daquele país em gastar TRILHÕES com uma política imperialista, com uma guerra que eles mesmos financiaram.

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