domingo, 5 de setembro de 2010

Tem que saber jogar, camarada.


















Há tempos que não passo aqui. Estou completamente acorrentado as atividades da Universidade, criando assim empecilhos para dar continuidade ao meu trabalho no blog. Porém, quando o ócio domina o meu tempo, procuro fazer o que farei agora, nas palavras abaixo.
Como todos sabem (pelo menos espero que saibam), estamos em período de campanha política, muita campanha, movida por qualquer tipo de mídia (TV, rádio, internet, etc.), em que muitas informações estão sendo criadas e transmitidas a nós. E é sobre essas informações políticas, mais especificamente a apenas uma, que trataremos no decorrer deste texto.
Como de não costume, estava assistindo TV nesse final de semana quando presenciei uma propaganda política se colocando claramente contra a candidatura de Dilma R. (PT). A propaganda mostrava talvez uma das atitudes mais questionaveis do Partido dos Trabalhadores nesse ano de eleição (e isso é pensado e por muitos integrantes do próprio partido), sua união com partidos como o PMDB, envolvido em vários escandalos, entre eles o mais alarmante caso de José Sarney e o fato da candidatura de Dilma R. ser defendida por nada mais, nada menos que F. Collor de Mello, quem DISPUTOU a cadeira presidencial com o presidente Luiz Inácio da Silva 1990. Nada de mais vencer o "Lula" numa eleição e anos depois estar apoiando seu partido em outra eleição, a meu ver claro. Porém, o fato se prolonga quando pensamos que o próprio Collor utilizou a filha de Lula como instrumento de sua campanha política. Ai sim podemos pensar em questionar o apoio de Collor ao PT.
Outros pensamento ganham espaço em minha cabeça, como por exemplo: "Tá na cara que é o PSDB que está por baixo dos panos nessa jogada. Por que estão focando nesse assunto e qual o propósito de divulgar isso?". As respostas não me fogem, e aqui trabalharei elas.
Influenciado pelos pensamentos do moderno filósofo N. Maquiavel a respeito da moral e a esfera política e também influenciado pelas palavras mencionadas pelo meu professor de Ciências políticas Dr. Raul F. Magalhães em uma palestra sua em uma semana de Ciências Sociais, organizei meu pensamento e montei a resposta.
Toda essa informação eleitoral que a TV apresentou não passa de um marketing político baseado em um discurso moral que visa a massa leiga. Segundo Raul, a massa leiga é mais sensível a informações de ordem moral, ou seja, um político que faz uso de um discurso moral perante a essa massa leva vantagem em seu argumento sobre aquele que utiliza um discurso técnico. Quando o contexto se inverte e o destino do argumento é uma minoria "não-leiga", o resultado é diferente.
Ainda sobre isso tudo, devo pensar que o livro de cabeceira de todo político em período de elição deva ser "O Príncipe" de Maquiavel, pois nele temos toda informação de como fazemos para sermos o príncipe, o melhor governante, aquele que é amado e temido pelas pessoas, aquele que acreditamos ser o mais apto a nos representar.
TEnho convicção de que se a situação fosse diferente, se o PT estivesse atráz nas pesquisas presidenciais, faria a mesma coisa, só que com personagens diferentes, como por exemplo FHC, entre outros. Fica claro que a Política se apresenta cada vez mais como um jogo, um jogo que não tem nada de esportividade, mas sim de agressividade, em que aqueles que não estão afins e dispostos a jogar serão atropelados por aqueles que a desejam por vocação ou como uma oportunidade de lucro, de ascenção.

Política exige muito de nós, e primeiramente devemos gostar dela: "Quem não gosta de política, sempre será governado por quem gosta".


Atenciosamente, Matheus Gomes.

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